Os tipos mais comuns de investimentos em renda fixa

05/02/2024

Como foi visto no conteúdo anterior, foi explicado o que é investimento em renda fixa. Nessa oportunidade vamos abordar quais seriam esses tipos de investimentos mais comuns, que são facilmente encontrados nos serviços da rede bancária e instituições financeiras disponíveis a praticamente qualquer cliente deles. Esses tipos de investimentos em renda fixa são a Poupança, CDB de Bancos, LCI/LCA, Tesouro Direto e Fundos de renda fixa. Vamos falar mais sobre cada um deles:

A Poupança. É o investimento mais conhecido e utilizado pelos brasileiros em geral. Destaca-se pela sua segurança e liquidez. No entanto, por ser um investimento mais seguro, sua rentabilidade também é menor, podendo em determinadas épocas praticamente apenas corrigir pela inflação, sem ganho real. Por ter liquidez diária, ou seja, ser possível sacar o dinheiro a qualquer momento, torna-se opção viável para a criação de uma reserva de emergência ou oportunidade. Não há incidência de imposto de renda sobre os lucros auferidos.

A rentabilidade da poupança é calculada pela Taxa Referencial (TR) mais uma porcentagem determinada pela taxa SELIC. Na data desse conteúdo essa porcentagem é de 70% da taxa SELIC. Portanto os rendimentos variam de acordo com os parâmetros da SELIC e da TR na data de aniversário da aplicação em poupança. Em 2023, o acumulado anual foi de 7,18%. Aqui uma observação valiosa. Evite fazer saques antes das "datas de aniversário" (datas em que são feitos os depósitos) porque a remuneração dos juros só são creditadas no dia da data-aniversário.

O CDB de Bancos. Certificado de Depósito Bancário. Outra modalidade de investimento muito conhecida pelos brasileiros. Também é muito segura e com liquidez, principalmente o CDB dos chamados "Bancões" (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Santander, CAIXA etc.). Em geral, possui boa rentabilidade e proteção contra a inflação, visto que sua remuneração está geralmente atrelada ao CDI, que por sua vez está correlacionado à SELIC. Pode ser vinculado a outros tipos de indexadores, ou ser pré ou pós fixado. É como se o investidor emprestasse o seu dinheiro ao banco, que utiliza-o para operacionalizar seus produtos bancários. Quando você investe em um CDB, o banco emite um título, o qual passa ser de propriedade do investidor. Muito bom para se montar uma reserva de emergência ou oportunidade. Ideal também para projetos e planos de curto prazo, tais como viagens ou compras de bens. Em 2023, o CDI acumulado foi de 13,04%, o que correspondeu a um retorno bruto mensal (sem considerar o IR) de 1,04% ao mês. Está disponível para pessoas físicas e jurídicas.

O ideal é sempre buscar CDB que renda no mínimo 100% do CDI como retorno, e que tenha liquidez diária. Possui garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que protege o investidor com até R$ 250.000,00 investidos. Nessa modalidade de investimento, o investidor fica sujeito a alíquotas progressivas de imposto de renda, variando de acordo com tempo que o dinheiro ficar investido. O IR é descontado no momento do resgate ou vencimento do título, incidindo sobre o lucro auferido com o investimento.

A LCI/LCA. Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito do Agronegócio. São mais um tipo de investimento oferecido pelos bancos que possuem segurança, mas atualmente menos liquidez do que o CDB. Também possuem boa rentabilidade e proteção contra a inflação, pois sua remuneração é geralmente atrelada ao CDI. Mas como no CDB, outros tipos de indexadores podem ser aplicados, inclusive rentabilidades pré ou pós fixadas.

Os investimentos em LCI/LCA sofreram recentemente uma modificação na sua liquidez. Antigamente, ambas possuíam liquidez diária para investimentos acima de 90 dias, sendo essa contagem chamada de carência. Agora, o CMN alterou isso e impôs uma carência mínima de 365 dias para LCI e 275 dias para LCA. Somente após esse período é que o investimento passa a ter liquidez diária. São semelhantes ao CDB, mas a destinação da captação de recursos está atrelada a investimentos por parte dos emissores no setor imobiliário, no caso da LCI, e ao agronegócio, no caso da LCA. É indicada para reservas de médio prazo. Recomenda-se procurar investimentos nessa área que ofereçam retornos de pelo menos 84% do CDI.

Nesse tipo de investimento, não há incidência de imposto de renda, o que torna o investimento mais rentável se o retorno for superior a 84% do CDI, em comparação ao CDB que retorna 100% do CDI. É um investimento disponível para pessoas físicas e conta com a proteção do FGC. Em 2023, o CDI acumulado foi de 13,04% ao ano, o que correspondeu a 1,04% ao mês, sem incidência de IR.

O Tesouro Direto. Esta é uma modalidade de aplicação financeira na qual o investidor "empresta" dinheiro diretamente ao Estado, ou seja, comprar títulos públicos do Governo Federal. A rentabilidade pode ser pré e pós-fixada, variando de acordo com o título a ser comprado e seus respectivos vencimentos.

Um dos títulos mais conhecidos é o Tesouro SELIC, que é um investimento indexado à rentabilidade da Taxa SELIC e possui liquidez diária. Devido à sua segurança, afinal trata-se de emprestar dinheiro para o Estado, é frequentemente recomendado para a criação de reservas de emergência e realização de planos. A aplicação pode ser feita diretamente no aplicativo Tesouro Direto ou por meio de corretoras de valores.

Além do Tesouro SELIC, outros títulos também procurados são o Tesouro IPCA+ e o Tesouro IPCA+ Semestral. Esses dois são excelentes instrumentos de defesa contra a inflação, pois além de remunerar pelo índice do IPCA, rendem ainda um percentual adicional, um prémio, que na data deste material gira em torno de 5,7%. Mas é bom tomar cuidado porque esses títulos sofrem marcação a mercado, então, possuem um pouco de volatilidade se resgatados antes do seu vencimento. Sofrem também incidência de imposto de renda e as alíquotas vão variar de acordo com o tempo do investimento. Citei somente esses três, mas no site do Tesouro Direto o investidor vai ter uma gama enorme de títulos à disposição, com grandes variações de indexadores e vencimentos.

Existem ainda instituições financeiras, tais como bancos e corretoras de valores, que oferecem fundos de renda fixa. Esses fundos aplicam o capital do investidor em várias modalidades de investimentos de renda fixa. Vale dizer, o fundo pode investir o capital em CDB, LCI, Títulos Públicos etc, desde que tenham a característica de renda fixa. Esses fundos tentam maximizar os retornos por meio de gestão ativa profissional. Mas por ter uma gestão, incide um custo de taxa de administração sobre esses fundos. Esta também pode ser uma opção para o investidor terceirizar as escolhas dos ativos financeiros a profissionais. No entanto, também existe um certo risco, embora seja bastante baixo. Há também incidência de Imposto de Renda sobre os retornos obtidos.

Basicamente, esses são os tipos mais comuns de investimentos em renda fixa que encontramos no mercado. Para quem tem certa aversão a risco, são boas opções de investimento para o futuro. O importante é adquirir conhecimento e começar a investir o quanto antes para assim colocar o seu dinheiro para trabalhar por você. Siga firme. Um forte abraço! #educaçãofinanceira #finanças #investimentos

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